Uma das definições de toque é “fazer contato físico, afetar emocionalmente”, e, curiosamente, o tato é o primeiro sentido que desenvolvemos.em torno da sexta semana de gravidez, a percepção tátil começa a se desenvolver no feto.Isto criará a base das outras ferramentas de comunicação. Desde recém nascidos, tocamos para sobreviver e a qualidade do toque recebido durante o crescimento determinará os níveis de autoestima, da habilidade de ter relacionamentos duradouros e da capacidade de nos sentirmos bem, mental e fisicamente.

     A massagem é praticada há milhares de anos, seus efeitos estão bem documentados e nos exibem inúmeros benefícios. Sua prática regular nos torna mais calmos, mais saudáveis e mais felizes.

    Sob a pele, a massagem gera processos complexos: os hormônios e as “substâncias sinalizadoras” transmitem mensagem para o cérebro e as recebe de volta, algumas mensagens são estimulantes e outras relaxantes. O toque é conhecido por aumentar os níveis de oxitocina, hormônio que nos relaxa e é o responsável por nos manter em equilíbrio o nosso  bem estar físico, emocional e espiritual.

As primeiras referências chinesas à massagem encontram-se nos textos médicos conhecidos como Nei Ching, e datam do século XXV a.C. Durante o seculo seguinte, esta arte aparece disseminada pelo mundo civilizado. Pinturas nas paredes retratando a massagem e a reflexologia foram encontradas no túmulo de um médico no Saqqara, e referências de médicos egípcios, Persas e japoneses quanto ao benefício e à utilidade da massagem também foram encontradas.

Existem muitas referências sobre a massagem através da história, de livros do indiano Ayur Veda, no século XIX a.C., até Homer, e textos médicos gregos do século V a.C. Os romanos também tinham vários propósitos para a massagem: os Gladiadores recebiam tratamentos regulares para o alívio da fadiga muscular e da dor. Júlio Cesar tinha o corpo “beliscado” num tratamento diário  para neuralgia. No século I d.C. o médico Tibério Acreditava na massagem como uma cura da paralisia.

O uso da massagem continuou pelo Oriente médio e Oriente, mas foi reprimido no Ocidente durante a Idade Média. No século X, o médico e filósofo árabe Ali Abu Ibm Szinna exaltou as propriedades da massagem combinada com a hidroterapia, e afirmou que este tratamento ajudava a eliminar produtos metabólicos excretados e acumulados durante a prática de exercícios.

No século XVI, a massagem começou a ser redescoberta no Ocidente, e muitos médicos a incorporaram em suas técnicas, incluindo Amrose Pare, médica de quatro reis franceses. Os mais bem-sucedidos avanços na massagem ocorreram no início do século XIX. Per Henrik Ling, um ginasta sueco, aliou seu conhecimento em filosofia e ginástica às técnicas de massagem adquiridas durante suas viagens à China. A combinação de cinco manobras básicas ficou conhecida como “Massagem Sueca”, e atualmente é praticada  quase da mesma forma. A disciplina espalhou-se rapidamente, e a primeira faculdade a oferecer massagem no currículo foi estabelecida em 1813. O primeiro livro da massagem sueca, em inglês, escrito pelo Dr. Mathias Roth, foi publicado em 1850.

A virada ocorreu nas décadas de 60 e 70, quando defensores da massagem consideraram-na um meio poderoso de promover o crescimento pessoal. A idéia surgiu do Esalen Centre, na Califórnia, onde a massagem foi utilizada de forma intuitiva, conectando mente, corpo e espírito. 

No século XXI, a massagem tornou-se tendência dominante na terapia complementar, e parte na medicina integrada como conhecemos. Ela é empregada pela sociedade em diferentes níveis, e possui um papel importante na manutenção diária de uma vida saudável.

E aí? depois de todo esse conhecimento ainda vai ficar sem agendar sua massagem???